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Síndrome de Burnout: o que é, diagnóstico e como tratar


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saúde mental é um tema que deve ser debatido na vida pessoal e profissional, uma vez que abalada, gera impacto negativo na rotina. A Síndrome de Burnout é um problema que se desencadeia a partir desse estado mental em desequilíbrio.

Classificado como doença pela OMS – Organização Mundial da Saúde, cada vez mais o transtorno afeta pessoas de todas as idades. Quando não tratada corretamente pode desencadear outros problemas como hipertensão, doença coronariana, depressão profunda e problemas no sistema gastrointestinal.

Mas afinal, o que é a Síndrome de Burnout? Neste post, além de entender a doença, você saber quais são os principais sintomas. Continue lendo e veja como tratar o problema e o que fazer para evitar seu agravamento!

O que é a Síndrome de Burnout?

Também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, é um transtorno de ordem emocional, que resulta de uma carga excessiva e desgastante de trabalho. De modo geral, são acometidos os profissionais que atuam em ambientes de extrema pressão ou tensão, com grandes responsabilidades.

A Burnout pode acometer qualquer tipo de profissional, mas os casos são mais comuns entre policiais, médicos, enfermeiros, professores e jornalistas. A síndrome se caracteriza pela exaustão física, mental e emocional, trazendo uma série de desconfortos para a vida da pessoa afetada.

É importante dizer que a Síndrome de Burnout não pode ser considerada uma variação do estresse. O distúrbio psíquico e emocional é mais complexo, causando um impacto negativo não só na vida profissional, mas pessoal de quem sofre com o problema.

Com o surgimento da Pandemia da Covid-19, o Brasil que já era um dos países com o maior número de pessoas estressadas, passou a figurar também entre os primeiros lugares nas estatísticas da Síndrome do Esgotamento Profissional.

As horas intermináveis de trabalho, a pressão do isolamento social, os cuidados vigilantes para evitar o contágio, a falta de oportunidade de lazer e descanso, são alguns dos gatilhos para desenvolvimento da doença.

Embora a síndrome esteja relacionada às condições de trabalho, a vida pessoal pode também ter elementos de impactos ou acontecimentos fortes – a perda de um ente querido, a desilusão amorosa, o desemprego – responsáveis por prolongar o estado de alteração emocional e levar ao distúrbio.

Quais são os principais sintomas do distúrbio?

A Síndrome de Burnout não chega de uma hora para outra, ou seja, não é um problema de explosão imediata. Os sintomas vão se apresentando lentamente, dia após dia, até acometerem de vez o paciente.

Em muitos casos ela só é percebida quando o profissional já está completamente desmotivado, apático e improdutivo. Além do estado de nervosismo constante, cansaço excessivo e sofrimentos psicológicos, os sintomas mais comuns da Burnout, são:

  • fadiga;
  • estresse;
  • irritação;
  • insônia;
  • tristeza;
  • gastrite;
  • agressividade;
  • baixa autoestima;
  • baixa imunidade;
  • hipertensão sem histórico prévio;
  • tensão muscular;
  • negatividade contínua;
  • falta de energia;
  • sentimento de fracasso e derrota;
  • oscilações no humor;
  • dores crônicas de cabeça;
  • dificuldade de concentração;
  • diminuição parcial ou completa do apetite;
  • redução do contato interpessoal;
  • sentimento de impotência;
  • dificuldades de concentração e memorização.

De início, esses sintomas parecem característicos de alguém com uma rotina de trabalho intensa, sem períodos de descanso. Com o tempo é possível perceber seu avanço, pela alteração do comportamento e do estado mental e físico da pessoa acometida pelo transtorno.

Como tratar a Síndrome de Burnout?

O tratamento da Síndrome de Burnout depende do estágio em que o paciente se encontra, o que pode incluir a mudança de hábitos na rotina e no estilo de vida, psicoterapias ou uso de medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos.

Somente um profissional especializado, médico psiquiatra ou psicólogo, será capaz de avaliar os sintomas e saber se estão associados à síndrome. A busca pela ajuda médica é essencial para iniciar o quanto antes o tratamento e voltar a ter uma vida normal e produtiva.

O que fazer para evitar o desenvolvimento dessa síndrome?

A prevenção é o melhor caminho para que a Síndrome de Burnout não se instaure gerando um verdadeiro caos na vida pessoal e profissional. Para isso, algumas medidas podem e devem ser adotadas como forma de inibir seu desenvolvimento.

Veja as práticas para adotar no dia a dia!

Promoção de um ambiente saudável de trabalho

Um ambiente tóxico, sem afetividade e empatia é campo minado e propício para o surgimento da Síndrome de Burnout.

Por isso, é imprescindível tornar o ambiente de trabalho um espaço colaborativo e positivo, em que todos se respeitam e se relacionam com diálogo e entendimento. Cada um é responsável por transformar o meio onde vive, por isso, ao perceber uma queda na motivação e produtividade é momento de criar ações para melhorar o ambiente e o astral de todos os envolvidos.

Incentivo à prática de atividades físicas

Uma das melhores formas de estimular um corpo cansado e uma mente atribulada é gastar energia e queimar calorias. A atividade física pode ser revigorante e afugentar pensamentos negativos, falta de ânimo e fadiga.

Em muitos casos, a Síndrome de Burnout avança do emocional para o físico, causando dores e desconfortos. Com o exercício físico é possível minimizar os efeitos do distúrbio e aumentar o nível motivacional para um trabalho saudável.

Como o transtorno tem muito a ver com o acúmulo de trabalho, tensão predominante e falta de motivação, a atividade física é uma forma de extravasamento. Ao recuperar a saúde do corpo, a mente pode ganhar uma nova perspectiva.

Definição de objetivos pessoais e profissionais

A Síndrome de Burnout é silenciosa e pode ser confundida com problemas mais leves e passageiros. Entretanto, quando estabelecida, interfere em toda a qualidade de vida, impedindo que a pessoa afetada dê continuidade aos projetos e objetivos.

Ter motivação para levantar todos os dias e cumprir uma rotina é essencial, pois estabelece objetivos e metas de médio e longo prazo. Essa é uma medida importante para quem tem uma predisposição ao estresse e crises de ansiedade.

Fuga da rotina

Muitos profissionais vivenciam uma rotina pesada de trabalho, com uma carga de responsabilidade grande e predisposição para “abraçar o mundo”. Essa é uma das armadilhas para a Burnout, portanto, é preciso buscar escapes.

Mesmo em meio à pandemia é possível fazer atividades fora da rotina normal, como um passeio ao ar livre, uma partida de jogo online, uma “live” culinária com os amigos. É importante fazer algo diferente para que o corpo e a mente descansem do trabalho cansativo.

Descanso efetivo

Sabemos que as responsabilidades não podem ser negligenciadas, contudo, quem não descansa está sujeito a falhas. Portanto, o descanso com 8 horas de sono é primordial para que o corpo e a mente estejam ativos e com energia no dia seguinte.

Como você pode ver, a Síndrome de Burnout é uma doença e não um problema simples que pode ser resolvido com o passar do tempo. Ao perceber algum sintoma característico, procure imediatamente ajuda médica para evitar que o transtorno leve a traumas irreversíveis.

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